Segunda-feira, 28 de Julho de 2008

Memórias

Como já devem ter reparado os Retis mais assiduos, estão disponíveis para ver os videos das  peças que temos feito nos últimos anos. Nós e outras gerações de Reticências. Agora já é possivel ver, além de Segredo de Chantel, Escudos Humanos, Copo Meio Vazio e No Páis dos Chapéus, o Suburbia Play Time.

 

Vejamos, também, algumas memórias perdidas nos arquivos da Leal da Câmara.

 

 

 


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Segunda-feira, 21 de Julho de 2008

Aquele fim-de-semana...

...em que salvaram um urso polar que ficou preso num iceberg que se desprendeu do Pólo Árctico e andava à deriva pelo mar.

 

 

música: Antony And The Johnsons - Hope There's Someone

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O Segredo

Para completar a colecção cá está mais este, desta vez O Segredo de Chantel. Peça que marcou a primeira participação do Teatro Reticências no projecto Panos da Culturgest, porém o video é do espectáculo no Auditório do Centro Paroquial de Rio de Mouro, A estreia, no dia 20 de Maio de 2006.

 

 

Nota: Para fazer Pausa da música de fundo do blog, precorra a barra lateral e faça clique no botão Pause do player intitulado "Música"

 

Texto: Hélia Correia |  Encenação: Rui Mário | Música original: Pedro Hilário

 

Com: Ana Patrícia Carvalho | Ana Rita Gonçalves | Ana Rita Neves | Carolina Sáles | Catarina Salgueiro   | Catarina Trindade | Elísio Manuel | Fábio Ventura | Fátima Semedo | Helda Tavares | Inês Aguiar | Inês Amaro |Inês Pereira |Joana Viegas | Mizé | Nelson Correia | Nuno Pinheiro | Olavo Silva | Pedro Manaças | Renata Marques | Soraia Teixeira | Zé Pedro;

 

 

 

Autoria do Video: Centro de Produção da Escola Secundária de Leal da Câmara

Licença:Não é premitido o uso de parte e/ou totalidade desta filmagem, para quaisquer fins, sem prévia autorização do teatro Reticências.

Creative Commons License 
O Segredo de Chantel by Teatro Reticências is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Portugal License.
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www.youtube.com.

 


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Quinta-feira, 17 de Julho de 2008

Recordemos...

... os "pequenos nadas" que fizeram parte da vida dos Retis em 2007. Da Culturgest para o Mundo: O Copo Meio Vazio.

 

 

Copo Meio Vazio, 27 de Maio de 2007 no Grande Auditório da Culturgest.

Texto: Alexandre Andrade

Encenação: Rui Mário

 

Com: Ana Raquel | Ana Rita Gonçalves | Ana Riita Neves | Ana Trindade | Carolina Sales | Catarina Salgueiro | Catarina Trindade | Daniela Caldeira | David Severino | Eliana Martins | Elísio Manuel | Fábio Ventura | Helda Tavares | Inês Amaro | Marco Silvestre | Mizé | Nídia | Nelson Correia | Nuno Oliveira | Nuno Pinheiro | Olavo | Paulo Zhan | Pedro Manaças | Raquel Barata | Solange

 

 

Autoria do Video: Organização do festival Panos 2007 - Culturgest

Licença:Não é premitido o uso de parte e/ou totalidade desta filmagem, para quaisquer fins, sem prévia autorização do teatro Reticências.

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Copo Meio Vazio by Culturgest / Teatro Reticências is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Portugal License.
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www.youtube.com.

 

música: Peace Revolution - Leva o meu amor contigo

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Domingo, 22 de Junho de 2008

Aos meus amores

Todos os amores por que passámos. Todos os risos deixados ao vento. Todas as coisas que fomos e quisemos ser, todas as história azuis do céu que nos preenchia. Éramos assim, simples silhuetas num palco vasto em que nos sentíamos iguais e preenchidos, mas próprios no nosso coração. Mãos que não se atreviam a largar, imagens que criávamos com tanto amor…Nós éramos nós, éramos nós em conjunto, um eu complexo que várias pessoas que se preenchiam. Nós éramos o melhor de cada um, éramos tanto, tanto…somos. Porque somos tudo isto, porque o teatro que há em nós quer dizer “nós”, quer dizer tudo. O que nós somos é o que sentimos desde o primeiro momento em que pisamos o palco. Tudo. Somos vastos, somos o mundo para o mundo. Eu não seria esse eu sem todos os outros, vocês, a minha complexidade não estaria preenchida de conjunto sem as tais mãos que não se largavam, que se mexiam. Pois todas as mãos são sentidas como deuses, como espelhos imensos do que nos caracteriza. As mãos que amo, as mãos que me completam o corpo e se ligam aos meus pulsos, onde me passa a vida. Os carinhos e abraços que me seguraram, a magia de olhar como nunca olhei. Basta um olhar para nos vermos…E éramos assim, simples folhas que esvoaçam ao vento quente. As folhas foram para outros jardins. E eu olho, e vejo a sua beleza, e contesto para mim própria, e faço força para não as agarrar. E tê-las só para mim. Porque vocês iluminaram-me, vocês fizeram-me como sou, feliz. Sou eu, sempre, sou eu quando estou no palco a querer salvar o mundo, sou eu quando nos cruzamos e olhamos. Sou eu porque vocês são vocês, sou eu porque nada é mais bonito que nós. Queria parar o tempo e ficar aqui, e não sair, e guardar-vos numa caixinha, e abri-la todos os dias, e sorrir, e dançar com vocês. Mas não posso…não devo, no fundo não quero. Porque vocês são o que sempre serão, meus. E nada pode parar isso. Nem eu.
Nunca me larguem a mão, nunca me deixem de olhar. Nunca deixem de ser vocês, não deixem de pensar naquelas noites dançadas ao som do amor. Nunca deixem o que já foi. Porque é passado mas é tão presente no nosso coração como hoje. Sigam o vosso caminho, minhas folhas. Entreguem-se a outras praias.
Adeus meus amores. Eu ficarei à espera.

 

 

Ana Trindade

20/06/08

 

 

 

Video: Inês Amaro

Fotografias: Ana Rita Neves, Catarina Trindade, Gonçalo Morais, Inês Amaro, Sérgio Salgueiro, Edição 795 da revista Visão.

Texto: Herberto Helder, Teatro Reticências

Música: Antony And The Johnsons - Hope There's Someone

 

 

música: Antony And The Johnsons - Hope There's Someone

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editado por teatroreticencias em 21/07/2008 às 04:25
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Terça-feira, 20 de Maio de 2008

Escudos Humanos

 

 

Os escudos éramos todos nós, a peça foi montada, a vida daqueles jovens foi agarrada por nós, aliás, nós demos-lhe vida, somos todos pedaços de escudos… Larguei os escudos, estou a crescer com o grupo! Parti à descoberta, partimos para salvar o mundo. E como escudos humanos que somos ou tentamos ser, iremos até ao fim, até onde a vontade quiser! Os sonhos dão sentido à nossa existência, a procura de tornar tudo colorido e alcançá-los é a meta da felicidade. Retis, um grupo que torna viva a vida! Será ela justa para muita gente? Obviamente que não, os escudos humanos tiveram a oportunidade de assistir ás coisas horríveis da guerra. Viveram durante dias uma aventura, um ideal, mas acabaram esquecidos, assim foram os Escudos Humanos. E os Reticências tentam recriar e reviver essa fabulosa aventura. A aventura que é vivida por um grupo de adolescentes, cada um com ideias diferentes uns dos outros e que se juntam com um objectivo comum que por mais que seja criticado é vivido intensamente. É tudo intenso, a respiração, o olhar. Todos nós temos como objectivo mudar o mundo, torna-lo um lugar melhor. Melhor do que isto não há porque nós já passámos pr’além daquilo que consideramos melhor. O melhor dos “Escudos Humanos” é a forma como está escrito com uma linguagem muito inteligente, é irónico. Uma palavra que espelha toda uma peça. Uma guerra, as vitimas de uma guerra, os sonhadores que querem acabar com essa guerra e os danos… danos das vitimas, danos dos sonhadores, danos da guerra. A guerra que começou porque suspeitava-se que um pais tinha mais armas químicas que outro. Outro esse que não se sabe o que está aqui a fazer. Mas, se aqui está, é com um objectivo. Objectivo que será concluído agora mesmo, sem demora. Sem demora, corremos para aquilo que seria a maior loucura de sempre, corremos para aquilo que acreditávamos. Acreditávamos na paz, na amizade, em sonhos, no teatro, no céu que parecia infinito, nas bolachas Maria e nas minis pretas. Não precisávamos de mais nada para ser felizes… A guerra não faz feliz ninguém. Mas por vezes ninguém compreende. No entanto, este é o objectivo, e faz-nos felizes. É por isso que estávamos ali. Tínhamos tudo o que era necessário… Tínhamo-nos a nós. Os Escudos Humanos estavam prontos a mudar o mundo! Talvez eu tenha mudado. O meu mundo. Esta peça faz-nos pensar nas coisas como elas são, ou devem ser. Sonhos? Tenho muitos… Muitos momentos guardados nesta minha pequena caixinha, onde guardo o mais precioso, aquilo que nada nem ninguém me pode tirar - as memorias. Memoria destes escudos de todas as cores, pequenas fitas magicas que se ligam entre si criando laços maiores que qualquer guerra, que qualquer conflito. Somos maiores que… o mundo, que nós mesmos, houve uma extrapolação e neste mergulho soubemos respirar bem e aguentar; foi e será sempre um mergulho delicioso. Preferíamos ter ficado lá dentro, suspensos naquelas águas na nossa casa. Nesta casa, com esta família que são os Reticências. Estas pessoas fantásticas, estes escudos. Não, Escudo. Dou tudo… alma e olhos e dedos que plantam flores: amores perfeitos, antes. Quero-os tanto… Cheiram a terra e a bossa-nova à beira mar. Um dia sem guerra, todos os sorrisos destes humanos escudos. Moeda antiga de recordação…

 

Até já Amores Perfeitos!
 

 

Domingo, 18 de Maio - Grande Auditório da Culturgest

Sábado, 31 de Maio - Cine-teatro Vila Flôr, Guimarães

Sábado, 28 de Junho - Mem Martins Sport Clube

 

Escudos Humanos, de Patrcia Portela. Uma peça de acção com muitas palavras: coros, monólogos, diálogos e debates numa espécie de ópera falada trágico-greco-cómica realçada por actores, trovadores e músicos.

 

 
Ficha Técnica
Produção Executiva Catarina Salgueiro | Fábio Ventura | Fátima Monteiro | Marco Silvestre | Rui Mário
Assistência de Produção Teatro Reticências
Apoio Técnico Fábio Ventura | Gonçalo Africano | Tiago Pereira
Luminotecnia e Selecção Musical Rui Mário
Sonoplastia Nuno Pinheiro
Captação de Som e Edição de Vídeo Fábio Ventura
Concepção de Cenários António Alpande | David Severino
Grafismo Catarina Trindade
Logótipo: João Vicente (criação) | Joana Martins (restauro)
Professoras Responsáveis Fátima Monteiro | Manuela Martins

 

 
Ficha Artística
Texto Patrícia Portela
Encenação Rui Mário
Idealização Cenográfica Rui Mário
Figurinos Teatro Reticências
Desenho de Luz Rui Mário

Actores
Ana Rita Neves | Ana Trindade | Ângela Marques | Bárbara Carlos | Carolina Salles | Catarina Salgueiro | Catarina Trindade | David Severino | Elísio Manuel | Fábio Ventura | Filipa Vasconcelos | Inês Amaro | Joana Lopes | Marco Silvestre | Nidia Roque | Nuno Oliveira | Nuno Pinheiro | Olavo Silva | Pedro Manaças | Raquel Pêgo | Susana Cheong

Agradecimentos
Carlos Marques | Centro Paroquial de Rio de Mouro | Conselho Executivo Escola Secundária de Leal da Câmara | Culturgest | Emanuel Ventura | Junta de Freguesia de Rio de Mouro | Luciano Barros | Maria Barros | Teatro A Oficina | Teatro TapaFuros | Aos pais e às mães!

 

 

Autoria do Video:Organização do Festival Panos 2008 - Culturgest

Creative Commons License
Escudos Humanos by Teatro Reticências / Culturgest is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Portugal License.
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www.youtube.com.


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Terça-feira, 23 de Janeiro de 2007

Guitarradas em Sintra



música: André Sardet - Foi Feitiço

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Segunda-feira, 21 de Agosto de 2006

No País dos Chapéus

 

 

«Era uma vez, duas ou três, um rei que usava sempre um chapéu... Sempre, sempre, sempre... Dormia com o chapéu e com ele ressonava. Acordava com o chapéu e com ele tomava banho. Ia para a praia com o chapéu e com ele fazia surf... Enfim não era de se lhe tirar o chapéu! É que ele zangava-se!

E como isto de ser Rei é coisa complicada, toca de dizer aos seus súbditos que todos tinham de usar chapéu! Até os bebés já nasciam de chapéu!... No país dos chapéus, chapéus há muitos... Só que um dia... tudo iria mudar... E uma revolução se iria dar. Chapéus ao ar, chapéus ao ar!

Estória bem contada, como outras já se contaram. Umas foram com cravos, esta é com chapéus... Quem nota a diferença?

O que importa é não esquecer, a estória que se vai dizer! No fim, passamos o chapéu, pra ver se não há carecas ao léu...»
 

 

No País dos Chapéus, pelo Teatro Reticências.

 

**Ficha Técnica**

MONTAGEM: Fátima Monteiro, Lurdes Gonçalves, Manuel Alves, Rafael Figueiredo. Rui Mário

MONTAGEM DE LUZ E SOM: Centro de Produção Audiovisual, Rui Mário

LUMINOTECNIA: Centro de Produção Audiovisual, Rui Mário

SONOPLASTIA: Centro de Produção Audiovisual, Rui Mário

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Inês Pereira, Fátima Monteiro, Lurdes Gonnçalves


**Ficha Artistica**

TEXTO: Teatro Reticências

ENCENAÇÃO: Rui Mário

DESENHO DE LUZ: Rui Mário

ACTORES: Ana Patricia Carvalho, Ana Rita Gonçalves, Ana Rita Neves, Carolina Sáles, Catarina Salgueiro, Catarina Trindade, Elisio Manuel, Fábio Ventura, Fátima Semedo, Helda Tavares, Inês Aguiar, Inês Amaro, Inês Pereira, João Vicente, Joana Viegas, Mizé, Nelson Correia, Nuno Pinheiro, Olavo Silva, Pedro Manaças, Renata Marques, Soraia Teixeira, Zé Pedro

 

AGRADECIMENTOS: Teatro Tapafuros, João Vicente Centro Paroquial de Rio de Mouro, Conselho Executivo Escola Secundária de Leal da Câmara

 

PROFESSORAS RESPONSÁVEIS: Lurdes Gonçalves, Fátima Monteiro

 

 

 


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Quinta-feira, 27 de Julho de 2006

Suburbia Play Time

Viver num Subúrbio é como viver em caixas. Aqueles que se lançam na diáspora diária, numa autêntica peregrinação de sobrevivência em direcção ao centro (porque há sempre um centro) não lhe podem chamar outra coisa que não prisão. Mas para aqueles que nasceram nos subúrbios a visão é outra. Há hoje toda uma geração de filhos do subúrbio, a adaptados e inadaptados a ele, com toda a sua experiência completamente moldada pela particularidade de aqui viver. Os primeiros amigos, o primeiro beijo, o primeiro assalto. E as expectativas, proferidas em voz alta por entre o fumo adocicado, buscam inspiração nas luzes da noite, no rugir dos pesos em asfalto e metal. A verdadeira corrente sanguínea de tudo isto. À noite o tungsténio e o néon brilham mais que as estrelas e a lua continua a oferecer-se de vez em quando laranja, como em qualquer outro lugar.

Há algum tempo que vejo esta paisagem com olhos de quem apenas volta e não permanece. E talvez porque estou distante, aos meus olhos surge-me o único de tudo isto. O subúrbio não e o medo, não é o desprezo, e não pode ser o nojo. O subúrbio não é um, são vários.
Se calhar viver num Subúrbio é como viver numa caixinha. Uma caixinha de espelhos como aquelas que se fazem rodar na mão, e que por cada vez que por ela se espreita uma nova paisagem se deixa surgir.
 
GII Costa
 
Pérolas
 
A loucura da normalidade. No tempo de uma viagem a viagem do tempo. E passaram cinco, dez, vinte, trinta... minutos? Anos. Onde descerei? As portas não se abrem? Conchas gigantes amontoam-se no areal de sapatos cheio de gente-grão-de-arela (também). Dir-se-iam: ostras.
Walkman no ouvido ouço a cantiga "podes encontrar as ostras mas nunca terás as pérolas". Canto canto... Mas sei: olhando o brilho de olhos concretos, janelas secretas, sei de uma pérola. Como menino que diz sei de um ninho. Pérolas escondidas, já não ouço a cantiga, muitas pérolas que brilham multo e escrevem e tocam pianos e violinos e olham estrelas e lêem palmas das mãos e riem até fazem multo amor até filhos lindos! Pérolas na concha fechada. Concha que se descobre de repente, fragmento de vida imensa, particular do cosmos... Comboio puxado pelo cordel, chuchuchu, nas mãos-criança de todos nos. Suburbia Playtime...
 
Rui Mário
Rio de Mouro, 13 de Maio de 2005
 
 
 
 
São flores suburbanas que nascem por entre as pedras das calçadas. Sob o betão cinzento há sementes esquecidas que esperam para germinar. Deixa o sol entrar e bebamos juntos o seu amor, canto à paz. Se ao menos voássemos… Só um puff e saímos daqui… bem, as asas temos. Neste nosso subúrbio onde nascemos, crescemos e vivemos, espreita-nos a Lua por entre dois blocos de betão armado. E a nossa única janela e o seu sorriso ainda nos diz que o amor pode vir a ser, novamente, a palavra de ordem. Em cada esquina um encanto, um aceno e, felizmente, ainda há flores coloridas nos canteiros. São tristes aqueles que não reparam nelas. Loucos os que falam delas ao jantar. Uma página negra… um espaço negro… uma negritude intensa em todos os cantos, sítios, habitações… um vazio constante… Suburbia. Por acaso não tem este modelo 38? Ou 37, 39, também serve… desde que seja confortável. Se ao menos existisse o meu próprio número. Tantas marionetes em tantas caixinhas de fósforos… Tão coradas, tão felizes, tão sorriso de pau. É preciso sonhar debaixo do cimento sufocante. Aspirar e ascender às mais altas nuvens do céu, e aí encontraremos a luz que nos guia. Oh bailarina de dedos de betão… Tonturas de mel dourado… tanta sofreguidão nesse teu olhar. Qual é a música que o cimento nos dá? Pequenas cerejas com um delicioso brilho vermelho, envolvem as tépidas manhãs suburbanas. Caminhamos alucinados em ondas de desgraças e solidão num mundo que, obstinadamente, recusa a alegria da vida e a verdade do Amor. O reino da Alma é o Amor, o reino da terra é vida de subúrbio, o reino dos Céus é transcendência. E quando caminharmos pelo passeio, cinzento só, será para fabricar uma pérola na ponta dos dedos. Segredos cinzentos e brilho. Playtime!
 
Reticências
 
 
Ficha técnica
 
Montagem:
* Fátima Monteiro
* Lurdes Gonçalves
* Manuel Alves
* Rafael Figueiredo
* Rui Mário
 
Montagem de luz:
* Luís Dias
* Fábio Casquinha
* Rui Mário
 
Luminotecnia:
* Daniel Figueiredo
* Sonoplastia: Rui Mário
 
Gravação de sonoplastia:
* Rui Benfeitas
 
Produção executiva:
* Marion Carreira
* Fátima Monteiro
* Lurdes Gonçalves
 
 
Ficha Artística
 
Actores:
* Ana Patrícia
* Ana Penitencia
* Carolina Brelhal
* Inês Pereira
* Joana Borges
* Joana Paulo
* Joao Vicente
* Nuno Pinheiro
* Pedro Manaças
* Rita Saraiva
* Rui Índio
* Sara Costa
* Zé Pedro Santos
 
Encenação:
* Rui Mário
 
Texto:
* Gil Costa
 
Imagem:
* João Vicente
 
Vídeo:
* Adriadne Freitas
* Luís Dias
 
Actores vídeo:
* Inês Pereira
* Daniel Figueiredo
 
Voz Divina:
* Mizé
 
Gravação de voz:
* Nuno Bento
 
Desenho de luz:
* Rui Mário
Agradecimentos:
* Teatro Tapafuros
* Centro Paroquial de Rio de Mouro
* Conselho executivo da Escola Secundaria de Leal da Câmara
 
Professores responsáveis:
* Lurdes Gonçalves
* Fátima Monteiro

 

 

 

Maio de 2005


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