Amar ou não amar… Eis a questão? Num mundo a cair aos bocados, miúdos com armas, olhos raiados de sangue, Bagdad sem Sherazade… Mas somos apenas homens e mulheres, somos apenas rapazes, apenas raparigas. Subimos às árvores.
Olhamos os telhados da cidade, silenciosos e solitários. Amamos.
É possível esquecer o passado? Mesmo que esse passado tenha onze anos… não importa. Estamos aqui, correndo pelos passeios. E dos passeios crescem flores.
Inserido no projecto Panos – Palcos novos, palavras novas… - Refuga (Fugees) da escritora inglesa Abi Morgan, fala-nos da situação dramática de milhares de crianças que todos os anos chegam a uma das Romas contemporâneas – Londres – na esperança de encontrarem vida mais digna, fugindo dos terrores nada mundanos mas do mundo em que vivemos: Hassan ou Roza, fugindo das bombas que caem como chuva na cidade das mil e uma noites; Chang, vindo de outra cidade com mil anos, na China, transportado num contentor onde a própria mãe fenece - carne para canhão!?; Tanto sofrimento…Esta é a sua estória: menino de onze anos, família assassinada, tornado soldado, máquina de morte. É possível sonhar? Sim, Kodjo sonha e faz-nos sonhar. Por vezes com terríveis visões, outras com simples árvores, “l’arbres” da sua côte d’Ivoire quente e luminosa…
É uma estória que assistimos hoje. Actores e actrizes neste Portugal, contando a estória de muitos outros actores e actrizes num outro palco a que o grande bardo inglês chamava o Grande Palco do Mundo…“Brave new world”! E bravas e novas são estas crianças e jovens que desejam uma vida nova, uma Terra mais feita de Paz. Sonhamos com elas. O seu silêncio é Luz.
Rui Mário, Rio de Mouro, Maio 2009
O Grupo de Teatro da Escola Secundária de Leal da Câmara – o Teatro Reticências – apresenta:
REFUGA
De Abi Morgan
Encenação de Rui Mário
Sábado, 17 de Outubro às 21h30
Domingo,18 de Outubro às 17h00
Auditório do Centro Comunitário Paroquial de Rio de Mouro
Ficha Técnica e Artistica
Texto: Abi Morgan | Tradução e adaptação: Francisco Frazão | Encenação: Rui Mário | Música Original: Alexandre Ferreira | Idealização Cenográfica: Rui Mário | Figurinos: Teatro Reticências | Desenho de Luz: Fábio Ventura | Elenco: Ângela Marques, Bárbara Carlos, Beatriz Darame, Catarina Delgado, David Severino, Fábio Ventura, Francisco Vicente, Inês Frias, Inês Pereira, Luís Francisco, Mafalda Pinto, Mário Miranda, Marta Barata, Miguel Tomás, Nuno Oliveira, Olavo Silva, Tânia Pires | Sonoplastia: Alexandre Ferreira | Bárbara Carlos | Rui Mário | Captação e edição de Som: Fábio Ventura | Luminotecnia: Fábio Ventura | Gonçalo Africano | Rui Mário | Apoio à Montagem: David Severino | Miguel Tomás | Olavo Silva | Grafismo e Fotografia: Catarina Trindade | Meios Técnicos: Teatro Tapafuros | Comunicação, Promoção e Web: Fábio Ventura | Logótipo: João Vicente (criação) | Joana Martins (restauro) | Professores Responsáveis: Fátima Monteiro | Manuel Alves | Manuela Martins | Produção Executiva: Fábio Ventura | Fátima Monteiro | Rui Mário | Assistência de produção: Ângela Marques | Olavo Silva |
Agradecimentos Especiais ao Elenco Inicial: Alexandre Ferreira, Ana Trindade, Catarina Gonçalves, Filipa Tobias, Filipa Vasconcelos, Francisco Fernandes, Joana Lopes, Raquel Barata, Raquel Pêgo, Tiago Santos | Agradecimentos: António Alpande, Carlos Vasconcelos | Centro Paroquial de Rio de Mouro | Conselho Executivo Escola Secundária de Leal da Câmara | Junta de Freguesia de Rio de Mouro | Marco Martin | Marco Silvestre | Rita Neves | Rosário Barras | Aos pais e às mães!
Apoios: Escola Secundária de Leal da Câmara | Teatro Tapafuros | Culturgest | Byfurcação - Associação Cultural | Teatro a Oficina
Espectáculo aconselhado para M/12
Duração aprox: 50 minutos, sem intervalo
Entrada Gratuita.
Este ano o Teatro Reticências leva à cena, novamente, um texto que faz parte do Projecto Panos, da Culturgest. Desta vez:
Refuga de Abi Morgan.
24 de Maio, 17 horas - Auditório do Centro Paroquial de Rio de Mouro.
Nota da autora:
Mais info em breve.
... os "pequenos nadas" que fizeram parte da vida dos Retis em 2007. Da Culturgest para o Mundo: O Copo Meio Vazio.
Copo Meio Vazio, 27 de Maio de 2007 no Grande Auditório da Culturgest.
Texto: Alexandre Andrade
Encenação: Rui Mário
Com: Ana Raquel | Ana Rita Gonçalves | Ana Riita Neves | Ana Trindade | Carolina Sales | Catarina Salgueiro | Catarina Trindade | Daniela Caldeira | David Severino | Eliana Martins | Elísio Manuel | Fábio Ventura | Helda Tavares | Inês Amaro | Marco Silvestre | Mizé | Nídia | Nelson Correia | Nuno Oliveira | Nuno Pinheiro | Olavo | Paulo Zhan | Pedro Manaças | Raquel Barata | Solange
Autoria do Video: Organização do festival Panos 2007 - Culturgest
Licença:Não é premitido o uso de parte e/ou totalidade desta filmagem, para quaisquer fins, sem prévia autorização do teatro Reticências.
Copo Meio Vazio by Culturgest / Teatro Reticências is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Portugal License.
Based on a work at www.youtube.com.
Os escudos éramos todos nós, a peça foi montada, a vida daqueles jovens foi agarrada por nós, aliás, nós demos-lhe vida, somos todos pedaços de escudos… Larguei os escudos, estou a crescer com o grupo! Parti à descoberta, partimos para salvar o mundo. E como escudos humanos que somos ou tentamos ser, iremos até ao fim, até onde a vontade quiser! Os sonhos dão sentido à nossa existência, a procura de tornar tudo colorido e alcançá-los é a meta da felicidade. Retis, um grupo que torna viva a vida! Será ela justa para muita gente? Obviamente que não, os escudos humanos tiveram a oportunidade de assistir ás coisas horríveis da guerra. Viveram durante dias uma aventura, um ideal, mas acabaram esquecidos, assim foram os Escudos Humanos. E os Reticências tentam recriar e reviver essa fabulosa aventura. A aventura que é vivida por um grupo de adolescentes, cada um com ideias diferentes uns dos outros e que se juntam com um objectivo comum que por mais que seja criticado é vivido intensamente. É tudo intenso, a respiração, o olhar. Todos nós temos como objectivo mudar o mundo, torna-lo um lugar melhor. Melhor do que isto não há porque nós já passámos pr’além daquilo que consideramos melhor. O melhor dos “Escudos Humanos” é a forma como está escrito com uma linguagem muito inteligente, é irónico. Uma palavra que espelha toda uma peça. Uma guerra, as vitimas de uma guerra, os sonhadores que querem acabar com essa guerra e os danos… danos das vitimas, danos dos sonhadores, danos da guerra. A guerra que começou porque suspeitava-se que um pais tinha mais armas químicas que outro. Outro esse que não se sabe o que está aqui a fazer. Mas, se aqui está, é com um objectivo. Objectivo que será concluído agora mesmo, sem demora. Sem demora, corremos para aquilo que seria a maior loucura de sempre, corremos para aquilo que acreditávamos. Acreditávamos na paz, na amizade, em sonhos, no teatro, no céu que parecia infinito, nas bolachas Maria e nas minis pretas. Não precisávamos de mais nada para ser felizes… A guerra não faz feliz ninguém. Mas por vezes ninguém compreende. No entanto, este é o objectivo, e faz-nos felizes. É por isso que estávamos ali. Tínhamos tudo o que era necessário… Tínhamo-nos a nós. Os Escudos Humanos estavam prontos a mudar o mundo! Talvez eu tenha mudado. O meu mundo. Esta peça faz-nos pensar nas coisas como elas são, ou devem ser. Sonhos? Tenho muitos… Muitos momentos guardados nesta minha pequena caixinha, onde guardo o mais precioso, aquilo que nada nem ninguém me pode tirar - as memorias. Memoria destes escudos de todas as cores, pequenas fitas magicas que se ligam entre si criando laços maiores que qualquer guerra, que qualquer conflito. Somos maiores que… o mundo, que nós mesmos, houve uma extrapolação e neste mergulho soubemos respirar bem e aguentar; foi e será sempre um mergulho delicioso. Preferíamos ter ficado lá dentro, suspensos naquelas águas na nossa casa. Nesta casa, com esta família que são os Reticências. Estas pessoas fantásticas, estes escudos. Não, Escudo. Dou tudo… alma e olhos e dedos que plantam flores: amores perfeitos, antes. Quero-os tanto… Cheiram a terra e a bossa-nova à beira mar. Um dia sem guerra, todos os sorrisos destes humanos escudos. Moeda antiga de recordação…
Domingo, 18 de Maio - Grande Auditório da Culturgest
Sábado, 31 de Maio - Cine-teatro Vila Flôr, Guimarães
Sábado, 28 de Junho - Mem Martins Sport Clube
Escudos Humanos, de Patrcia Portela. Uma peça de acção com muitas palavras: coros, monólogos, diálogos e debates numa espécie de ópera falada trágico-greco-cómica realçada por actores, trovadores e músicos.
Autoria do Video:Organização do Festival Panos 2008 - Culturgest
Escudos Humanos by Teatro Reticências / Culturgest is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Portugal License.
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Mais uma vez o Reticências participou no Projecto PANOS da Culturgest. Pleo 2º ano consecutivo. Desta vez com Copo Meio Vazio de Alexandre Andrade.
Em Copo Meio Vazio, de Alexandre Andrade, Tiago é um rapaz de 17 anos que vai a uma entrevista de emprego que não é uma entrevista de emprego: pedem-lhe apenas que seja “ele mesmo”, e os problemas começam quando cada gesto passa a ser interrogado, e mesmo o questionamento e a revolta parecem fazer parte de uma qualquer essência da juventude destilada nos livros do misterioso Sr. Madureira.
Copo Meio Vazio, pelo Teatro Reticências. Um texto de Alexandre Andrade com encenação de Rui Mário.
O Segredo de Chantel, pelo Teatro Reticências.
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