Trazendo lembranças de uma despedida. Vendo fotos... Vendo filmes... Lendo pensamentos... Lembrando momentos... Vivendo Amor... Sentindo lágrimas... Ouvindo soluços... Tocando risos... Tudo, tudo, tudo... Começando com performances de poesias, poemas espalhados por um tal ar (o da Leal da Câmara). Começando num ano acabando noutro.
2005-2008 Lembro.me de muitas pessoas descalças (ou não) pela escola, vestidas à Outono-Inverno (seus próprios fatos). Todos recitando Receitas. Sim, recitando Receitas! Depois performando poemas. Lembro.me de muitas pessoas deitadas num jardim, vivendo ...Lucy in the sky with diamonds..., recitando poemas. Lembro.me de muitas pessoas brincando e divertindo outros com muitos Chapéus diferentes. Lembro.me de muitas pessoas vivendo o Natal, vendo crianças sorrir de presentes nas mãos. Lembro.me de muitas pessoas inventando mil e uma coisas duma simples e linda Arca. Lembro.me de muitas pessoas de branco, robóticas tentando perceber a escuridão. Todos partilhando um Segredo. Lembro.me de muitas pessoas bebendo de um mesmo Copo, não se sabe se Vazio se Cheio. Lembro.me de muitas pessoas correndo atrás de uma galinha no meio de uma tal Saloiada. Lembro.me de muitas pessoas revivendo memórias de anos passados, desde a queda de um Muro à queda de duas Torres. Lembro.me de muitas pessoas num átrio (Dançando), com aquários cheios de tinta, tinta essa que lá ficou marcando a nossa passagem por lá. Lembro.me de muitas pessoas cada uma à sua maneira num átrio de um CRE fazendo Signos ao som de (agora me lembro): ...De manhã temendo que me achasses feia, acordei tremendo deitada na areia...(...) Lembro.me de muitas pessoas num CRE em cima de móveis com um novo espaço rodeando-os. Lembro.me de muitas pessoas perguntando a outras ...O que é que queres ser quando fores grande?... Lembro.me de muitas pessoas tentando ir contra uma Guerra e tentando perceber a sua origem...
2005 (no meio de momentos marcados) 2008
Lembro.me no entre tudo isto, de muitas pessoas fazendo danças, de sentimentos mútuos, de vontades iguais e com sorrisos que são ainda hoje mais verdadeiros que um qualquer sorriso de alguém. Lembro de muitas pessoas numa (entre muitas) rodas tão perfeitas, mesmo quando achavam ser imperfeitas. Lembro.me de cravos. Lembro.me de surpresas. Lembro.me de roupa espalhada por um auditório. Lembro da chegada de cada um e da saída de muitos. Lembro.me de mãos. Lembro.me de (ao que chamávamos) jogos. Lembro.me de momentos loucos. Lembro.me de montagem de espectáculos. Lembro.me de abraços. Lembro.me de paixões. Lembro.me de confusões. Lembro.me de toda a musica. Lembro.me de passeios. Lembro.me de uma Mãe Tília. Lembro.me de todos os textos que muitas pessoas fizeram. Lembro.me de muitas pessoas. Lembro.me de NÓS.
Entre tantos (pontos) ...Lembro ......................... me.... Lembro-me de Reticências. (...)
Fará sentido isto tudo? Tenho saudades... Até já...
Como já devem ter reparado os Retis mais assiduos, estão disponíveis para ver os videos das peças que temos feito nos últimos anos. Nós e outras gerações de Reticências. Agora já é possivel ver, além de Segredo de Chantel, Escudos Humanos, Copo Meio Vazio e No Páis dos Chapéus, o Suburbia Play Time.
Vejamos, também, algumas memórias perdidas nos arquivos da Leal da Câmara.
Para completar a colecção cá está mais este, desta vez O Segredo de Chantel. Peça que marcou a primeira participação do Teatro Reticências no projecto Panos da Culturgest, porém o video é do espectáculo no Auditório do Centro Paroquial de Rio de Mouro, A estreia, no dia 20 de Maio de 2006.
Nota: Para fazer Pausa da música de fundo do blog, precorra a barra lateral e faça clique no botão Pause do player intitulado "Música"
Texto: Hélia Correia | Encenação: Rui Mário | Música original: Pedro Hilário
Com: Ana Patrícia Carvalho | Ana Rita Gonçalves | Ana Rita Neves | Carolina Sáles | Catarina Salgueiro | Catarina Trindade | Elísio Manuel | Fábio Ventura | Fátima Semedo | Helda Tavares | Inês Aguiar | Inês Amaro |Inês Pereira |Joana Viegas | Mizé | Nelson Correia | Nuno Pinheiro | Olavo Silva | Pedro Manaças | Renata Marques | Soraia Teixeira | Zé Pedro;
Autoria do Video: Centro de Produção da Escola Secundária de Leal da Câmara
Licença:Não é premitido o uso de parte e/ou totalidade desta filmagem, para quaisquer fins, sem prévia autorização do teatro Reticências.
Este ano, numa remontagem de Folia, pelo Teatro Tapafuros, participam membros do Teatro Reticências como actores/figurantes. Aqui ficam todas as informações
a Fundação Cultursintra
apresenta:
Folia
Tu és isso
Pelo Teatro TapaFuros
Texto: Paulo Borges
Encenação: Rui Mário
Quinta da Regaleira - Sintra
A partir de 3 de Julho
5ª a Sáb.: 22h || Dom.: 20h
espectáculo ao ar livre de caracter volante
aconselha-se agasalho e calçado confortável
espectáculo aconselhado para maiores de 12 anos
«A Folia convida-te. Mas tens de estar preparado para te veres ao espelho, sabendo que ele não existe. Tens de estar preparado para veres, intimamente e sem anestesia, aquilo que te desconheces ou pretendes acima de tudo ocultar. Dos outros e, sobretudo, de ti próprio. Tens de estar pronto para visitares todas as mais recônditas possibilidades da vida, da morte e do que há para além de vida e morte. As tuas mais fundas possibilidades, o que és para além de ti mesmo. Tens de estar pronto para te despires. De tudo e de ti próprio.» Paulo Borges
O Teatro TapaFuros, companhia profissional de teatro com quase 18 anos de actividade, é uma companhia sedeada no concelho de Sintra. Ao longo da sua actividade tem se dedicado a abordar os mais variados públicos – infanto-juvenis, adultos, indo ao encontro deste na sala ou em espaços exteriores. É esta característica – o trabalho no exterior, fora dos espaços convencionais, adaptando textos e encenações à rua – que mais impulsionou o crescimento do colectivo.
Em 2007, em parceria com a Fundação CulturSintra, apresentámos nos Jardins da Quinta da Regaleira, o espectáculo Folia a partir do texto de Paulo Borges. Este espectáculo tinha como premissa uma experiência em que o público tomasse parte activa do desenrolar da acção. Assim se construiu um espectáculo que dificilmente se poderia rotular. Esta experiência, completamente itinerante nos Jardins, era súmula das mais variadas participações: actores/performers, música original/arranjos tocados ao vivo, vídeo, instalações, o público era convidado a partilhar uma ceia simbólica, convidado a dançar... Folia era um espectáculo no sentido mais lato do termo, era algo assumidamente transdisciplinar.
Folia! Parte do ancestral e riquíssimo universo dos rituais do Espírito Santo, interligados com o Pentecostes... É um ritual muito particular: a inversão de valores exprimida através da coroação do imperador – uma criança (e, em tempos idos, de um preso ou um louco); o bodo oferecido a todos, que comem sentados lado-a-lado; enfim um apelo à fraternidade entre os seres humanos, uma transgressão dos valores supostamente imutáveis – no fundo, a ideia de uma nova ordem, o ritual para uma nova era;
Apesar do sucesso alcançado por Folia, cremos que esta proposta não se esgotou. A temática é tão abrangente, e tão consonante com o simbolismo presente na própria Quinta da Regaleira, que julgamos pertinente uma revisita a este texto. Em 2008, novamente com a parceria da Fundação CulturSintra e apoio da Câmara Municipal de Sintra, com uma aposta no aumento do elenco, na sua renovação e uma nova parceria na área da cenografia, pretendemos criar esta nova Folia para que atraia novos públicos e surpreenda quem a revisita. É nossa vontade realizar um espectáculo de grande impacto estético e de forte intervenção com o público assistente. Este será, aliás, convocado para operar o discorrer e acção do próprio espectáculo, participando como personagem activo!
Texto: Paulo Borges; Encenação/Direcção Artística: Rui Mário; Dramaturgia: Paulo Borges, Teatro TapaFuros; Direcção Musical/ Arranjos: Pedro Hilário; Direcção de Actores: Samuel Saraiva; Cenografia/ Adereços: Carlos Ramos; Vídeo: Samuel Saraiva; Desenho de Luz: José Miguel Antunes, Mário Trigo; Design / Web: Pedro Marques; Fotografia: Sérgio Santos; Figurinos: Elisabete Figueira, Pedro Marques; Interpretação: Anabela Faustino, Filipa Duarte, João Rafael, José Redondo, Mário Trigo, Nuno Pinheiro, Paulo Cintrão, Rute Lizardo, Samuel Saraiva; Figuração/Teatro Reticências: Ana Rita Neves, Ana Trindade, Bárbara Carlos, Carolina Salles, Catarina Salgueiro, Catarina Trindade, David Severino, Inês Amaro, Marco Silvestre, Nidia Roque, Pedro Manaças; Músicos: Alexandre Leitão, António Neves, Jorge Domingues, Miguel Costa; Vozes Off: Adele Sidaru, Elisabete Figueira, Jorge Telles de Menezes, Inês Figueira, Natasha Quaresma, Paulo Borges, Ricardo Ventura, Rui Lopo, Rui Mário, Vanessa Muscolino; Costureiras: Odília Queiroz, Rebeca Monteiro; Luminotécnia: Fábio Ventura, Gonçalo Africano; Apoio à Montagem: Emanuel Ventura, Marco Silvestre, Pedro Manaças; Direcção de Cena: Sónia Tobias; Frente de Sala: Filipa Tobias, Tânia Tobias; Produção Executiva: Catia Martin; Direcção de Produção: Marco Martin